Conheça os benefícios do café para proteger o cérebro
Em solo brasileiro, as pesquisas mostram que o café é uma das bebidas mais consumidas, ficando atrás apenas da água. O nome científico da planta, que tem como fruto o café é Coffea Arabica L, e as pesquisas mostram que ela concentra propriedades terapêuticas importantes para proteger o cérebro.
Por isso eu, Daniel Forjaz, biólogo, especialista em plantas medicinais e criador do maior canal do youtube sobre o tema, o Autor da Própria Saúde, reservei o encontro de hoje para mostrar os achados científicos sobre o café e a proteção contra Parkinson, demência e déficit cognitivo. Vou mostrar ainda o jeito certo de usar o café para potencializar ainda mais os benefícios.
Por que dizem que o café faz mal e é cancerígeno?
Primeiro uma reparação histórica.
Em 1991, diz o New York Times, o mundo ficou em polvorosa quando a Organização Mundial de Saúde alertou que o cafezinho poderia ser cancerígeno.
Foi um pega-pacapa e até hoje a má fama persiste.
Dia sim e dia também vocês me perguntam se o café faz mal e precisa ser banido.
Vou resumir a história.
Depois de muito estudar e olhar para a qualidade das pesquisas que colocaram o café na berlinda, ficou provado que o problema dele eram as más companhias.
Bebedores de café, por vezes, alternam as xícaras ao longo do dia com um cigarro e doses cavaleres de estresse.
E, por isso, o combo: tabagismo, estresse, além do hábito de ser mais comum o consumo de bebida alcoólica entre os apreciadores de cafeína, elevaram as taxas de câncer nos consumidores.
O que isso quer dizer: café é bom mas não é mágico.
Não vai apagar os danos do fumo e do consumo alcoólico, entende?.
Mas se você usar de forma terapêutica, na dosagem ideal e fizer a sua parte, sim, o potencial energético do café vai mesmo proteger as suas memórias.
Como o café protege o cérebro contra o Parkinson?
Uma das pesquisas mais completas, publicadas na importante revista científica BMJ, avaliou mais de 90 pesquisas sobre o café e atestou que ele, considerando apenas o sistema nervoso:
- Aumenta o desempenho mental e a vigilância
- Pode reduzir o risco de depressão e até mesmo de dores, por ativar os nossos analgésicos naturais.
- E o feito mais imponente pode reduzir o risco de doença de Parkinson
O feito se dá por causa da ação da cafeína e outros antioxidantes presentes no café que inibem os efeitos neurotóxicos que culminam nos sintomas de Parkinson, sendo os tremores e o enrijecimento dos músculos os mais conhecidos.
Nesses casos, há um desequilíbrio importante do neurotransmissor chamado dopamina que, entre outras funções, nos ajuda a ter coordenação motora e sensação de prazer.
O déficit de dopamina portanto dispara os movimentos involuntários, dificuldade de engolir e outros problemas ligados ao Parkinson..
E o café?
O consumo do café, nos modelos pesquisados, reequilibra a chamada dosagem dopaminérgica e estimula esse neurotransmissor.
Outro mecanismo é que, dentro do cérebro, os componentes do café agem ainda nos receptores chamados A2A de adenosina, regiões que quando mal estimuladas despertam o Parkinson.
O café faz uma espécie de contraponto ao A2A. Esse antagonismo é que traz o feito terapêutico.
Por isso, pesquisadores da China classificaram os componentes do café como um
“Um dos candidatos terapêuticos promissores para preencher a necessidade não atendida hoje da Doença de Parkinson”.
Ah, então quer dizer que eu só preciso tomar café e estarei livre de Parkinson?
É claro que não, uma doença multifatorial, complexa como essa nunca terá uma resposta única.
Mas não é interessante que você saiba sobre esse feito de uma bebida tão simples?
Café ajuda a memória? Quais são os outros benefícios cerebrais do café?
E tem mais uma vantagem: café também é um “faxineiro” que limpa o excesso de radicais livres cerebrais.
Radicais livres são espécies de sujeiras adoecedoras, que comprometem o nosso raciocínio e capacidade de memória.
Vale dizer que os principais problemas cerebrais, como Alzheimer, Parkinson, Demência e até depressão, são maus frutos colhidos de um processo de plantio errado, iniciado anos e anos antes dos sintomas aparecerem.
Alguns estudos mostram, por exemplo, que o Alzheimer de hoje começou até 20 anos antes do diagnóstico sentenciar a doença.
Antes, as manifestações se apresentavam em um conglomerado de sintomas que você não deu muita importância ou não soube como sanar.
Depressão e mudanças drásticas de humor, por exemplo, podem ser sinais de fumaça do Alzheimer.
O mesmo ocorre com o Parkinson que pode ter o seu início alertado por problemas de insônia crônica.
Claro que, sozinhas, essas mensagens não são suficientes para declarar uma instalação de doença cérebro-cognitiva, mas o ponto aqui é:
Elas surgem, comprometem a sua qualidade de vida, você não escuta e passa por cima dos sinais que o corpo te dá, por vezes despertando quando é tarde demais.
A boa notícia?
A ciência já tem bastante certeza de que o desgaste cerebral pode, sim, ser freado, interrompido e, em alguns casos, até revertido, especialmente se você começar a fazer algo hoje, exatamente agora para sair do alvo dessa rota.
E olha aqui o que eu vou dizer: as armas que trazem esperança para esses problemas tão sérios e complicados que amedrontam o mundo estão muito mais na natureza do que nos laboratórios.
Sim, se ainda não temos remédios químicos que comprovadamente apoiam e ajudam verdadeiramente pacientes com essas patologias, os ensaios científicos sobre as ervas, as plantas e os compostos bioativos presentes inclusive no café apontam uma jornada mais promissora.
A verdade é que essa bebida, se incluídas em um estilo de vida saudável, com alimentação limpa, sono reparador, atividade física e gerenciamento do estresse pode, sim, reduzir de forma brutal o risco e a incidência de doenças cerebrais.
Como deixar o cérebro mais protegido naturalmente?
Eu sei que o cérebro parece um órgão metido, tinhoso, complicado e imponente.
Mas a nossa sala de comando não é exigente quando o assunto é cuidado e receita de boa saúde.
Tudo que é simples, natural e sem componentes químicos (corantes, agrotóxicos e tudo mais) ajuda mais o cérebro a ficar mais potente.
Já alguns alimentos e ervas são ainda mais eficientes pela presença de componentes bioquímicos que o cérebro ADORA.
São substâncias que cumprem algumas funções altamente desejáveis sendo 3 principais:
- servem de combustível para melhorar e agilizar a comunicação entre os neurônios – ligando o tico com o teco, promovendo a inteligência e acionando os compartimentos de memória para você sempre lembrar daquilo que é importante.
- servem de matéria-prima para formação de neurotransmissores que agregam sensação de bem-estar, coragem e poder de decisão
- e também podem fazer uma bela faxina nas “sujeiras químicas” que quando acumuladas no cérebro acarretam um curto-circuito e uma pane cerebral que a medicina aprendeu a chamar de Alzheimer, Parkinson, confusão mental, apatia e falha de memória
Uma delas é o café, que precisa ser consumido na dosagem ideal e preparado da maneira certa.
Qual é a melhor forma de consumir café para ficar com o cérebro mais protegido?
Vou responder aqui as 4 principais dúvidas sobre o café usado de forma terapêutica.
Quanto consumir de café?
De 3 a 5 xícaras por dia. Veja bem xícara e não caneca, nem balde.
Cada xícara tem 50 ml mais ou menos. É disso que eu estou falando.
Qual café é o mais benéfico?
Nada de café espresso, de cápsula e nem café de ontem, que oxida e perde efeitos terapêuticos.
O café bom para o cérebro é o que passa pelo processo de percolação. Trocando em miúdos: café coado.
A água quente passa pelo pó e traz os componentes saudáveis. Melhor filtro de pano, mas café no filtro de papel é muito mais benéfico do que espresso.
Não pode ser café pelando, sabe? É café normalzinho, da vovó, aquele que passa na hora, a gente toma e se deleita.
Quando é melhor consumir?
Até 17 horas no máximo, depois pode comprometer o sono porque deixa seu cérebro em vigília.
Posso adoçar o café?
Não vai estragar seu café colocando açúcar e adoçante que são neurotóxicos e um terror para saúde.
Café puro, talvez com canela, gengibre, cardamomo, casca de laranja são algumas combinações que não prejudicam o potencial terapêutico da bebida.
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