16 de agosto de 2022

4 plantas para viver mais (e com menos doença)

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Você deve estar se perguntando, o que as plantas podem fazer por mim na minha aposentadoria? E sim, se você deseja ter uma aposentadoria mais calma, cheia de saúde para aproveitar seus dias, hoje eu, Daniel Forjaz, biólogo e professor de fitoterapia, trouxe para te apresentar 4 plantas para viver mais (e com menos doença).

Mas como 4 plantas podem fazer isso? Calma! Eu vou te explicar sobre cada uma delas e como elas agem no nosso organismo! 

Prontos para conhecer essas 4 plantas para viver mais, que vamos chamar de melhores amigas dos aposentados? 

São elas: Ginseng Coreano, Angélica, Astrágalo e Centella Asiática.

Essas 4 plantas para viver mais, apoiam a manutenção da juventude das células, sendo essenciais ao telômero.

Telômero é o nome dado a pontinha microscópica dos nossos cromossomos. 

Cada um de nós tem milhares de cromossomos que formam o nosso DNA e cada um desses cromossomos é responsável por produzir as características do nosso corpo. 

Essas estruturas são protegidas por uma pontinha chamada telômero, que funciona como uma capa protetora.

De forma bem simplificada é assim: Quanto maior for o nosso telômero, mais protegida está a nossa célula. 

Como todos sabem as nossas células se duplicam o tempo todo para regenerar os nossos tecidos. A cada vez que isso acontece, há um desgaste de cada cromossomo. Para que esse desgaste não acabe chegando a uma parte essencial do DNA, o telômero fica nas pontas e impede que haja qualquer dano ao DNA.

Essa proteção garante que as células terão a capacidade de se renovar de maneira perfeita. E é a renovação que garante um corpo sempre firme e operante. As células do seu fígado, coração, pulmão, rim, intestino, todas elas são renovadas diariamente para que você se mantenha vivo. Se houver um erro nessa duplicação das células, problemas graves podem acontecer. 

A cada duplicação que acontece, uma parte dos telômeros vai se perdendo e, ao longo da vida, nosso DNA vai ficando cada vez mais exposto, até que chegue ao ponto em que vários erros de duplicação vão acontecendo, levando à perda da saúde, da vitalidade e da qualidade de vida, o que chamamos de envelhecimento.

Só que, com os nossos hábitos de vida, nossas escolhas alimentares ruins, nosso estresse, nosso contato com a poluição, nossos telômeros vão ficando cada vez mais curtos e ineficazes e cada vez mais rápido isso acontece.

E aí, de forma simplificada também, telômero pequeno é sinal de problema na renovação celular. 

As células vão perdendo essa capacidade de renovação, o que acelera o processo de senescência, ou seja, envelhecimento celular do nosso organismo.

Isso, literalmente, faz envelhecer todos os seus órgãos. Os que mais sofrem são aqueles com células e telômeros mais curtos. 

Uma pesquisa da Universidade de Utah, dos Estados Unidos, comprovou que em pessoas com mais de 60 anos, ter telômeros mais curtos do que o indicado amplia em 3 vezes a mortalidade por doenças cardíacas e até em 8 vezes a mortalidade por doenças infecciosas. 

Não seria maravilhoso se a gente conseguisse interferir nesse processo de manutenção dos nossos telômeros sempre longos e protetores? 

E isso é possível, em um mecanismo que ativa a telomerase.

Telomerase nada mais é do que uma enzima capaz de reverter o encurtamento dos telômeros, promovendo em alguns casos até a sua expansão. À medida que o tempo vai passando e as divisões celulares vão acontecendo, ela vai regenerando os telômeros para proteger nosso DNA.

Esse segredo dos telômeros e da longevidade é uma descoberta bem recente da ciência, que rendeu até o prêmio Nobel a uma de suas principais pesquisadoras, a australiana Elizabeth Blackburn, no ano de 2009.

Só que se a ciência só se atentou a essa possibilidade em 2009, as plantas medicinais milenares nunca se cansam de nos surpreender.

Foi identificado que algumas delas, usadas por mais de 7 mil anos inclusive como “fontes entre aspas da juventude” tem como função ativar a telomerase, a tal enzima da juventude. 

Bom, então vamos conhecer as 4 plantas para viver mais

1 – Ginseng Coreano

4 plantas para viver mais

O Ginseng Coreano, cientificamente conhecido como Panax ginseng, tem sido usado na medicina oriental como estimulante e suplemento dietético por milhares e milhares de anos. É conhecido como um verdadeiro revigorante, afrodisíaco, como já falamos aqui no blog, e um tônico energético. 

Uma pesquisa confirmou que um dos seus feitos é aumentar a atividade da telomerase.

 

Quando começou a ser usado, ninguém imaginava que tantos benefícios eram desencadeados por essa ação celular, descoberta apenas milhares de anos depois.

Ocorre que proteger os nossos telômeros não é o único feito dessa erva de uso ancestral. 

Ela tem um mecanismo que interrompe a casca inflamatória, melhora a potência sexual – em especial dos homens – e também combate o cansaço crônico das mulheres.

Um de seus mecanismos de ação é ativar a área do hipocampo do cérebro, justamente a parte mais envolvida em nossa sensação de bem-estar e de irmos para a luta. 

O ginseng coreano já foi descrito por vários estudos como um energético natural, adaptógeno e vitalizador.

Uma pesquisa feita com 90 pessoas com fadiga crônica sem causa detectada, é uma prova de uma das artimanhas do ginseng.

Metade dos participantes foi tratada com um extrato de ginseng que variou de 1 a 2 gramas, e a outra metade com placebo. 

Após 4 semanas de análise, quem recebeu o tratamento com ginseng apresentou exames de sangue com marcadores de oxidação muito melhores quando comparados a quem não recebeu.

Como usar o Ginseng? 

Para você usar o Ginseng Coreano, eu recomendo doses de 150mg, 2 a 3x ao dia, que você deve solicitar manipular em farmácia de manipulação.

Contraindicações:

Lembrando que se você exceder muito essa dose, o que pode acontecer é o que se chama Síndrome do Abuso de Ginseng, que pode levar a hipertensão, insônia, nervosismo e taquicardia. 

Então, respeite as doses terapêuticas recomendadas. 

Quem não deve tomar Ginseng são as gestantes e mulheres amamentando e os hipertensos. E durante o período menstrual, também pode ampliar o fluxo, ok?

2 – Astrágalo

4 plantas para viver mais

O astrágalo, de nome científico Astragalus membranaceus, que tem o uso registrado há mais de cinco mil anos.

Essa planta já é reconhecida por ser antioxidante, neuroprotetora e estimuladora do sistema imune, que é o responsável por te defender contra vírus, bactérias e muito mais.

Uma pesquisa muito interessante avaliou a ação dessa planta especificamente na telomerase e na proteção do encurtamento dos telômeros. 

Dezoito pessoas saudáveis, com idade média de 63 anos, doaram sangue de maneira voluntária para o estudo e foram selecionadas as partes com telômeros mais curtos.

O material foi então exposto a uma única dose de extrato de astragalus e registrado um aumento dos telômeros em 13 dos 18 sangues testados. E sem toxicidade registrada, confirmando a ação protetora.  

Como usar? 

E a forma que eu aconselho a usar é na forma de cápsulas com 100mg do extrato seco da planta 2x ao dia. Isso é suficiente.

Contraindicações: 

Não existem contraindicações sobre o Astragalus, mas como precaução aconselhamos que gestantes e mulheres amamentando procurem seus médicos antes de usar a planta. 

Ainda, como Astragalus tem um grande potencial imunoestimulante, não deve ser usado por pessoas transplantadas que façam uso de imunossupressores. Do mais, é uma planta segura nas doses recomendadas.

3 – Centella Asiática 

A Centella asiática, que como o próprio nome diz tem origem na Ásia e foi trazida ao Brasil no período colonial como planta medicinal.

Ela é bem confundida com a capuchinha e com a acariçoba, então é bom saber identificá-la, para não confundir.

Você pode tirar suas dúvidas sobre a identificação dessas três plantas num vídeo que está no nosso canal no youtube, Que Planta é Essa, Daniel Centella asiática. Lá eu mostro a diferença entre as três em detalhes pra você nunca errar!

Seus feitos são muito importantes e não é à toa que entrou para o rol de ervas que ajudam a brecar os danos do envelhecimento. 

Ela ajuda bastante na vasodilatação, que é a capacidade dos seus vasos e artérias terem a flexibilidade para dar conta do fluxo sanguíneo, sem pressionar demais. 

Inclusive já falamos dela aqui no blog, como uma planta anti-infarto e que pode ajudar a evitar a trombose! Você pode ler essa matéria aqui. 

E por essa característica, a Centella é considerada anti-hipertensiva, cardioprotetora e vasoprotetora. 

Um dos componentes da planta que mais recebe destaque no meio científico são os triterpenos.

Triterpenos são agentes da planta que promovem cicatrização e regeneração da pele, por isso têm fama de ajudar no resgate da beleza, viscosidade e elasticidade da pele.

E são eles, os triterpenos, que “Ligam” o botão da telomerase, ajudando a deixar seus telômeros sempre no tamanho ideal e típicos de organismos mais jovens. 

Como usar? 

O chá é preparado por infusão, ou seja, se derrama a água quente sobre a planta picada. Se for planta seca, a proporção é de uma colher de sobremesa de planta picada para cada xícara de água. Se for planta fresca, a proporção muda para uma colher de sopa. Você pode tomar 3 xícaras ao dia.

Contraindicações: 

Sobre as contraindicações da Centella, temos apenas o cuidado durante a gestação, quando o uso de plantas medicinais deve ser acompanhado pelo médico responsável.

4 – Angélica 

Para fechar as nossas 4 plantas para ter saúde na aposentadoria, falo dela, a raiz da Angélica, cientificamente conhecida como Angelica sinensis

Como é uma planta da Medicina Tradicional Chinesa, algumas vezes você pode encontrá-la com o nome de Dong Quai.

Um potente soldado quando o assunto é saúde.

 

As pesquisas mostram que seu foco de ação é tentar reverter o processo de encurtamento do telômero, especialmente o provocado pela ação do colesterol LDL, chamado de colesterol ruim. O colesterol LDL oxidado é um vilão do envelhecimento!

A ação dessa planta também tem sido pesquisada por sua ação protetora da senescência em casos de leucemia. 

Como usar? 

Seu melhor modo de uso é o extrato seco em cápsulas. A dose é de 150mg para ser tomada 2x ao dia. 

Contraindicações: 

Sobre as contraindicações da Angélica, não é recomendado para gestantes, mulheres amamentando, mulheres com excesso de fluxo menstrual ou para pessoas que tomam agentes antiplaquetários. É contraindicado, em alguns casos, para pessoas que tenham diarreia ou inchaço abdominal.

Mudanças de vida

Espero que tenha gostado desse protocolo de plantas de hoje, formado pelo quarteto amigo do aposentado Angélica, Ginseng Coreano, Astrágalos e Centella Asiática. 

Vou reforçar que uma planta sozinha jamais será uma fonte de juventude. Depende muito mais das suas escolhas e hábitos de vida. Porque como vocês sabem, não tem milagre! 

Envelhecer é mesmo um fato imutável da vida e uma verdadeira bênção para quem quer passar mais tempo com amigos, famílias e amores.

Mas envelhecer carregado de doenças, sem mobilidade, ficando dependente dos outros e perdendo a alegria de desfrutar os anos que temos pela frente não parece um bom negócio, não é verdade?

E é nesse sentido que ser um autor da própria saúde pode tornar essa caminhada mais prazerosa, saudável e cheia de vida. 

As plantas podem te ajudar nessa missão e hoje aprendemos que até nos telômeros elas podem interferir.

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